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Debate Aberto #4: Educação

É impossível manter bons índices de crescimento e o combate as desigualdades de um município sem um sério e importante investimento em educação. Com novas indústrias e o Parque Tecnológico instalado, Sorocaba precisa de rápida recuperação nessa área e pontos como: formação e qualificação profissional, maior oferta de vagas em creches e valorização dos profissionais da educação não podem ficar fora dos debates eleitorais deste ano.

Em linhas gerais, tem prevalecido por aqui uma gestão pouco competente na área da educação. Talvez por pouca sensibilidade, recursos federais que poderiam ser utilizados, por exemplo, na construção de novas creches, demoraram a ser utilizados pela Prefeitura. Nesse caso, como em outros, a matemática é simples: se há um crescimento real de nossa economia e novas indústrias chegam ao município, é certo que a cidade deve oferecer mão de obra às mesmas e a falta de vagas em creches, além de ser uma violação ao direito das crianças, impede o retorno de milhares de mães ao mercado de trabalho. E somente agora, no final do atual governo, é que esses recursos foram solicitados e só por isso, pela ajuda do Governo Federal, é que algumas novas creches serão inauguradas até o final do ano.

Situação semelhante se percebe entre nossos jovens, tratados por muitos governos como “problema” devem ser eles o alvo de importante política de qualificação profissional. É nessa faixa etária que se concentra o maior número de desempregados.

Por fim, cabe destaque também a urgente reorganização da política de valorização dos profissionais da educação. A equiparação dos PEB-I com os PEB-II, por exemplo, é medida que resgata a justiça entre aqueles trabalhadores e que, por isso, carrega grande importância no sentido de termos profissionais satisfeitos com as condições que lhe são oferecidas para que exerçam seu trabalho. Na mesma esteira podemos colocar a necessidade de reconhecimento dos auxiliares de educação como educadores de fato. Parece pouco, mas faz muita diferença.

Não são poucos os desafios a serem enfrentados pela próxima administração no campo da educação, em Sorocaba. Aqui destacamos só alguns deles. Mas guardo a plena convicção de que ninguém reúne melhores condições de recuperar nosso sistema municipal que a candidata petista Iara Bernardi. E eleito vereador, é certo que a Educação será também uma de nossas bandeiras prioritárias.

  1. 01/08/2012 às 14:05

    Bom dia Paulo!

    Gostaria que você informasse quais as ações reais que você pretende executar na educação, e como pretender trabalhar para conseguir a aprovação na Câmara. Esse discurso é muito genérico, sem conteúdo, ficar criticando o que não aconteceu não leva a nada.
    Busco um canditado que apresente projetos palpáveis, a administração pública como um todo, está muito aquém do que a sociedade precisa, basta ver nos noticiários diários os escândalos, os quais não são defeitos de um único partido.
    Sei que os acordos políticos fazem parte do jogo, o problema é que em nosso pais, esses acordos se apresentam para o benefício de poucos que conseguem garantir, através do voto, uma cadeira no “paraíso político”.
    Não quero estender o assunto sobre a corrupção, pois não acredito que em curto prazo conseguiremos resolver este problema. Desta forma, se for possível apresente seu planejamento para que possamos realmente debater o assunto.

    Abraços.

  2. Paulo Henrique Soranz
    08/08/2012 às 21:57

    Como está, Deny?
    Em primeiro lugar quero cumprimentá-lo pela postura. Se todos buscassem esse nível de informações e um maior esclarecimento sobre a postura e as ideias de cada candidato certamente estaríamos melhor representados.
    Quanto ao texto, é de fato genérico, em partes, não no todo. Mas justamente pelos objetivos que temos com a publicação dos mesmos.
    Como as funções do Legislativo são muito mais de fiscalização, já que a produção dessa espécie de Leis e programas, que alteram substancialmente áreas importantes da administração são de competência exclusiva do Executivo. Então temos dois caminhos pra que sejamos honestos por aqui, ou propomos o debate com textos como o postado, ou publicamos textos com o nível de detalhamento que podemos usar à partir do Programa de Governo da Iara, que concorre à Prefeitura.
    A razão de ter preferido a primeira opção é o fato de pretender mostrar muito mais os valores que norteiam a candidatura e a nossa visão de mundo. Não se trata, portanto, de um programa de mandato, mas de uma contribuição ao debate, mesmo.
    De concreto, o que apresentei no texto foram as questões da equiparação dos professores PEB-! e PEB-II, já que essa distorção cria sérios descontentamentos entre os profissionais e isso é ponto de discussão quanto a qualidade de ensino (e esse é um ponto onde o Vereador pode atuar). A mesma situação se aplica aos auxiliares de educação, que não estão enquadrados como educadores, então o plano de carreira de um se distancia do outro, o que também cria constrangimentos.
    Há muito mais, mas, repito, foge da seara do Legislativo. O Programa da Iara proporá, por exemplo, e eu apoio isso integralmente, que as escolas municipais de ensino médio ofereçam também ensino profissionalizante. Assim como trabalharemos a proposta da criação de um ProUni municipal, como forma de melhorar a oferta de vagas gratuitas em universidades para nossos jovens.
    Enfim é isso, espero ter contribuído ao menos um pouco com o debate. De qualquer forma vou levar em consideração o que disse e passar a tentar avançar um pouco mais nas propostas, mesmo com o risco de entrar na área de competência do Executivo.
    Abraço!

  3. 13/08/2012 às 14:57

    Bom dia Paulo.

    Obrigado pela resposta, concordo com você no tocante a competência do executivo, mas como você mesmo disse, um dos trabalhos do legislativo, é fiscalizar a atuação do executivo e isso depende, muitas vezes, da parceria entre os vereadores que representam o povo.
    Embora isso não esteja ligado diretamente ao tema do debate, vale ressaltar que as negociações necessárias para que o legislativo tenha uma opnião forte e assim, consiga fiscalizar o executivo, muitas vezes emperras nos acordos. Quando eles tem como finalidade o fator principal de vereador, ou seja, representar seus eleitores e louvável, mas infelizmente, podemos citar o “mensalão”, como um exemplo de negociata, cujo o objetivo é único e exclusivo é atender as expectivas de poucos.
    Isto não é prerrogativa apenas do Congresso Nacional, mas sim, das Assembléias Estaduais e das Camaras Municipais.
    Bem se o senhor achar interessante um debate sobre esse assunto, talvez poderemos nos aprofundar mais sobre o tema.
    Quanto a educação, é um desafio muito grande para o poder público reverter essa situação. O que vemos no dia dia é uma falta de vontade em ter uma educação de qualidade, chego as vezes a acreditar que é uma estratégia política para manter o povo submisso, alheio e sem condições de entender o que acontece.
    É muito interessante a sua proposta de qualificar e melhor a remuneração dos educadores, pois será uma avanço para eles, que terão dignidade e orgulho de trabalhar com um dos pilares de qualque sociedade.
    Alguns dias atrás fui procurado por um inspetor de aluno que estava completamente desesperado, pois foi abordado por três adolescentes que se apresentaram na porta da escola e disseram para ela ficar quieta, pois teriam que recuperar o prejuizo do mês de julho, onde não puderam faturar em decorrência das férias.
    Com a sua postura negativa a entrada deles, foi agredida e desrespeitada, restando apenas, vê-los entrar na escola e traficar com os demais que os aguardava.
    Ao procurar a diretoria da escola, pois estava com dores em decorrência da agressão, recebeu da sua chefe mediata a resposta de que ela só arrumava encrenca e que assim que possível, iria providenciar a sua transferência para outro lugar pior.
    Isso é um exemplo de como é tratado de uma forma geral a administração pública, pois o que mais se houve das chefias é o jargão: “não me tragam problemas”, como se fosse possível resovê-los sem uma interveção mais severa.
    Uns dos maiores problemas que vejo na administração pública é a falta de investimento no recurso humano. Investe-se muito em tecnologia, aquisição de equipamentos sofisticados que em muitas vezes o próprio professor não está apto para utilizar, mas se esquece de investir no ser humano.
    Existe um problema sério na interpretação do ECA, pois desde que entrou em vigor, a educação virou refém, os professores de hoje não tem nenhuma autoridade sob os alunos, vivem sob pressão, a qualquer momento pode aparecer um pai e acusá-lo de ter agredido, fisica ou psicologicamente seu filho.
    Um dos pontos que deve sim receber toda a dedicação do executivo e deve ser insistentemente fiscalizado pelo legislativo é a forma que a adminstração vai tratar esses profissionais, dando-lhes treinamento e suporte para reverte essa situação atual. A educação é a secretaria que tem mais profissional afastados por problemas de saúde, isto deve ser tratado com todo carinho.

  4. 15/08/2012 às 1:48

    Boa noite. Gostaria de me desculpar pelos erros de português ocorridos no meu último comentário, pois estava em um ambiente conturbado e não tive tempo de revisar o texto. Embora esses erros não comprometam a interpretação, estou a disposição para quaisquer esclarecimentos.
    Att.

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